ESCREVENDO AMOR
Jairo Martins
Palmo a palmo, poro a poro
Com caneta tinta mel
Na tua pele que defloro
E que faço de papel,
Escrevo a palavra amor.
Teu quente corpo insiste,
Tua suave pele aceita
Minha caneta em riste
E a caligrafia perfeita,
Passando a limpo o escritor.
E nosso texto se completa,
Desenhando linha a linha,
Tu a ninfa e eu poeta,
Todo teu e tu só minha,
Num contexto de fervor.
Vai seguindo a escrita
No teu corpo arrepiado
A caneta escreve e dita,
Tinta mel vira melado
E se espalha um torpor.
Pele nua, papel molhado,
A caneta tem fluído
Por amor, tema escolhido,
Texto escrito e assinado
Pela ninfa e o autor.
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