Mãe
O sono demora, vai alta a madrugada
Teus olhos cansados, os pés doloridos
Vagam pela noite quando os sentidos
Confiam, aguçados, enquanto estás calada.
Na palidez da insônia antevês a aurora
A fustigar-te os olhos quase adormecidos
É teu o lamento, o brado destemido
Em busca do filho que perdeu-se fora.
Pela manhã mãe, à noite erma espera
Amanheces mulher depois viras destino
De luas que espelham tua solidão.
Sombras, tempestades, mãe em qualquer era
Bússola em mar revolto, teu barco: um menino
Fé tens como leme, estrela - o coração!
Isnelda Weise.
Nenhum comentário:
Postar um comentário