ODE ÀS MÃES
(1)
Marina's... Mariana's!
Mães dadivosas,
cheirando a suor
ou cheirando a rosas,
serão sempre bem vindas
pelas ruas infindas
da vida!
(2)
Marina's... Mariana's!
Mães sofridas,
filhos nos braços,
nas esquinas da vida.
... E envoltas por laços
que lhe afetam o afeto.
São mães sem teto
e sem chão.
São mães sem sim
... E cobertas de não!
(3)
Ana's... Maria's...
Marina's... Mariana's!
Mães de sucesso,
mães em excesso
e sem mais
que se conte.
Mães heroínas,
são mães tão meninas,
rompendo o horizonte!
(4)
Marina's... Mariana's!
Mães do amanhã,
mães no afã
de dizer o indizível.
Mães que o amor
fabricou,
e depois o louvou
realizando o impossível.
(5)
Mãe Maria, sem escola,
que trabalha noite e dia.
Tem na vida uma sacola,
pede esmola, a mãe Maria!
(6)
Mães de todos os nomes,
todas são fadas,
todas com fome.
Fome de ver
o filho feliz.
Fome de ver
o filho estudado.
É fogo que a fome diz
é fome de todo lado!
(7)
Fome
de um mundo melhor.
Fome que ao seu redor
possa trazer
um mundo de paz.
Olha o que a fome faz!
(8)
Mães de Isabelas
que se foram
e que formam multidões.
Mães de almas belas
com fome de justiça.
Mães de vida submissa,
mães que formam nações!
Mães que adotam,
mães que anotam
agruras em seus cadernos.
Mães que explodem,
são mães que podem
ter laços eternos!
Mães que sofrem ausências,
mães que deixam pendências
de saudade e solidão.
Mães da vida é que são!
Anair Weiricch
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