4.5.08

Soneto Às Mães.

Mãe


O sono demora, vai alta a madrugada

Teus olhos cansados, os pés doloridos

Vagam pela noite quando os sentidos

Confiam, aguçados, enquanto estás calada.


Na palidez da insônia antevês a aurora

A fustigar-te os olhos quase adormecidos

É teu o lamento, o brado destemido

Em busca do filho que perdeu-se fora.


Pela manhã mãe, à noite erma espera

Amanheces mulher depois viras destino

De luas que espelham tua solidão.


Sombras, tempestades, mãe em qualquer era

Bússola em mar revolto, teu barco: um menino

Fé tens como leme, estrela - o coração!


Isnelda Weise.

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