7.1.07

Da Água e do Alento



Foto tirada por Isnelda
Em Balneário Camboriú-SC


Neste meu blog pretendo desvendar um pouco mais sobre mim e também sobre meus amigos, destes que o permitirem. Mostrar, cada vez mais, um pedacinho dos meus ideais que se entrelaçam com o mundo e com o sonho contido na poesia daqueles que me rodeiam.
Por que AguAlento? Porque este é o nome de meu primeiro livro, justaposição das palavras água com alento. Água que é fonte de vida, para que seja respeitada e preservada por todos e para que continue, assim, a matar a sede do planeta. Alento para que esta fonte não seque, e para que água e poesia sejam o alimento eterno de tantas almas como a minha, inquietas e sedentas de paz.
Pretendo intercalar sempre, e continuo, portanto, com alguns poemas de minha autoria, diversos: sonetos, e haicais que falam de água e fontes, de rios e mares e da relação que tenho com os mesmos.


Enfim, o encontro com o MAR!

E assim desvenda ainda menina
Dos rios o mister e o alento
Vê a vida que a água carrega
Em cada gota
Em cada riacho
Em cada momento.

Molha-se na chuva e então chora
E a tormenta lhe ensina
Que o final endereço
De cada partícula a rolar
No seu semblante de agora
É um pedacinho do mar.

Hoje, mulher, não tem pressa
Lágrima, água, mil gotas
Passam por ela que passa.

Isnelda Weise



Haicais
Isnelda Weise

O rio corre lento
Na água parada: espelho
meu rosto partido.



Aguaceiro encharca
blusa e os cabelos dela
No rosto grudados.



Lento segue o rio
Homem na margem de lá
também segue só.



Sonolência e som
Só o ruído de um remo
bem longe no rio.



Canoa sem remo
no calmo riacho à tarde
Sem rumo flutua

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